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Serial killer é condenado a mais 24 anos de prisão; somados sentenças anteriores, pena chega a 150 anos

Albino dos Santos Lima foi sentenciado pelo assassinato de Beatriz Henrique e pelas lesões causadas ao filho dela, de quatro anos

Por Lucas França com Tribuna Hoje 13/11/2025 13h17 - Atualizado em 13/11/2025 14h01
Serial killer é condenado a mais 24 anos de prisão; somados sentenças anteriores, pena chega a 150 anos
Albino dos Santos - Foto: MP/AL

O homem conhecido como “serial killer de Alagoas”, Albino dos Santos Lima, foi condenado nesta quinta-feira (11) a 24 anos, 11 meses e 8 dias de prisão pelo assassinato de Beatriz Henrique da Silva e pelas lesões corporais causadas ao filho dela, uma criança de apenas quatro anos. O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no bairro Barro Duro, em Maceió.

A nova sentença inclui 24 anos e seis meses de reclusão pelo homicídio e 5 meses e oito dias por lesão corporal. Com essa condenação, Albino já acumula mais de 160 anos de prisão, resultado de seis julgamentos por homicídios e tentativas de homicídio. Entre as vítimas anteriores estão Tâmara Vanessa dos Santos, além dos sobreviventes José Gustavo Carvalho e Leidjane Gomes de Freitas.

Durante o júri, Albino voltou a afirmar que matava para “eliminar o mal”, dizendo ver as vítimas como um “câncer da sociedade”. Segundo ele, suas ações seriam “guiadas por ordens divinas”.

“Essa mulher era traficante de drogas, todos sabem disso. Ela usava o próprio filho como escudo humano. [...] Ele me mandou ceifar esse joio que vivia traficando e roubando. A ação, a execução, tudo isso, não era eu”, declarou o réu, referindo-se ao assassinato de Beatriz e ao filho dela.

O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, do Ministério Público de Alagoas (MPAL), rebateu as declarações e afirmou que o réu age de forma premeditada e consciente.

“Temos aqui um réu confesso, que estudava os hábitos das vítimas e acompanhava suas redes sociais. No celular dele havia calendários com as datas dos assassinatos e fotos dos túmulos. É um comportamento psicopático e cruel, digno de um filme de terror que parece não ter fim”, declarou.

Albino já havia sido condenado em 31 de outubro a 27 anos, um mês e 10 dias de prisão por outro feminicídio. Segundo o MP, as provas contra ele incluem balística compatível, registros digitais e objetos apreendidos, que demonstram um padrão de execução e planejamento em todos os crimes.

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